Cirurgia de Glaucoma
A cirurgia de glaucoma visa diminuir a produção do humor aquoso e/ou aumentar o fluxo de drenagem de modo a reduzir ou estabilizar a pressão intraocular.
No glaucoma, o tratamento tem como objetivo reduzir ou estabilizar a pressão intraocular. Quando este objetivo é atingido, o dano das estruturas oculares principalmente do nervo ótico, pode ser evitado.
Na maioria dos casos, o tratamento de glaucoma pode ser efetuado apenas com o recurso a colírios. Trata-se de um tratamento farmacológico (medicamentos para glaucoma) que permite reduzir ou estabilizar a pressão intraocular, não sendo portanto necessário qualquer tipo de tratamento cirúrgico.
A prevenção e tratamento adequado de doenças crónicas, como é exemplo a diabetes e as suas complicações nos olhos, são também de primordial importância de modo a evitar o glaucoma ou retardar a sua progressão.
Alguns doentes, no entanto, podem necessitar de tratamento cirúrgico de modo a reduzir a pressão intraocular para níveis mais baixos, inferiores normalmente, a 22 mmHG.
A pressão ocular (pressão interna do globo ocular ou tensão ocular) deve manter-se dentro de determinados limites, à volta dos 15 mm Hg (pressão normal do olho) embora possa oscilar entre os 10 e 22 mm Hg (valores limite), sendo uma condição essencial para garantir o correto funcionamento do olho.
Quais são os tratamentos do Glaucoma?
Uma operação é a trabeculoplastia, que é um procedimento realizado com laser (conhecido vulgarmente como cirurgia de glaucoma a laser) e tem como objetivo aumentar o escoamento do humor aquoso, realizando pequenos furos na malha trabecular. Este procedimento pode ser considerado como tratamento primário, nomeadamente, nos doentes que apresentem dificuldades na aderência ao tratamento médico (medicamentos).
Outro procedimento realizado com laser é a iridotomia, que tem como objetivo criar uma comunicação entre a câmara posterior e a câmara anterior por onde vai passar o humor aquoso, evitando o bloqueio da drenagem do humor aquoso em olhos com ângulo irido-corneano estreito. No caso da iridotomia ser realizada antes de ocorrer qualquer bloqueio de drenagem, o doente ficará protegido de uma crise de glaucoma agudo. Adicionalmente, poderá ser necessária medicação ou outro tipo de procedimento.
Outros tipos de glaucoma ocular poderão ocorrer, posteriormente, sendo necessária a continuação da realização de consultas e exames periódicos de oftalmologia.
A cirurgia para glaucoma convencional, chamada de trabeculectomia que na maioria dos casos é feita sob anestesia local, cria uma pequena fístula de drenagem do humor aquoso na esclera (parte branca do olho). Não obstante, a taxa de sucesso da trabeculectomia ser alta, por vezes, um único procedimento não é capaz de evitar a progressão da doença. Assim, outra cirurgia e/ou tratamento médico adicional pode ser necessário.
A cirurgia de implante de válvula de drenagem (tubo) é necessária em algumas situações, tais como, olhos que não respondem à trabeculectomia e/ou medicação tópica, glaucoma neovascular, glaucoma pós transplante de córnea, pós-uveíte, entre outros.
Em casos extremos de glaucoma, onde outros procedimentos não foram bem sucedidos, pode ser realizada a ciclofotocoagulação. Nesta cirurgia é aplicado um laser de diodo no corpo ciliar (estrutura responsável pela produção do humor aquoso) para cauterizá-lo e atrofiar parte do seu tecido. A redução na produção de humor aquoso é tanto maior quanto maior for a atrofia do corpo ciliar causada pelo laser.
Recuperação na cirurgia de glaucoma
A recuperação na cirurgia de glaucoma depende do tipo de procedimento cirúrgico efetuado. O tempo de recuperação também depende do procedimento cirúrgico, sendo contudo, habitualmente, curto na maioria dos casos. Veja mais informação em iridotomia e trabeculectomia.
Riscos na cirurgia de glaucoma
Na cirurgia de glaucoma, os riscos e complicações devem ser considerados à semelhança de qualquer procedimento cirúrgico. Os riscos diferem naturalmente da técnica cirúrgica utilizada.
Fonte: www.saudebemestar.pt